quinta-feira, 2 de maio de 2013

sobre a extinção do lobo guará repassado por Libero cardoso e Ivan Kussler

Lobo-guará encontrado no Pampa gaúcho


Ivan Evaldo Kussler e Libero Cardoso preocupados com a extinção dos animais repassam da net e citam fontes.
 
Ivam Evaldo Kussler

Registro de um lobo-guará no pampa gaúcho, que não era visto no Estado desde os anos 70, reacende esperança de biólogos na luta pela sua preservação
O lobo-guará é uma das 261 espécies ameaçadas de extinção no Estado. Desde a década de 70, a presença do animal não era registrada no Rio Grande do Sul. A história, porém, começou a mudar em junho deste ano, quando o biólogo Leandro Chisté Pinto fotografou um lobo-guará na região de São Gabriel, no centro do Estado.
A descoberta aconteceu durante um estudo de impacto ambiental em uma plantação de eucaliptos. Em meio à pesquisa, Pinto encontrou vestígios da existência do mamífero. Além da presença de pegadas, o biólogo fez uma análise das fezes encontradas no local e deduziu que talvez ali pudesse registrar a presença de um lobo-guará. A imagem foi captada com a ajuda de armadilhas fotográficas. Pinto espalhou pela área câmeras que disparam a qualquer sinal de movimento.
– Muita gente já considerava o lobo-guará regionalmente extinto. Quando revelei as fotos, nem eu consegui acreditar – relata o pesquisador.
A comunidade científica ficou alvoraçada com a descoberta.
– O lobo-guará está criticamente ameaçado. Esse registro é muito importante para iniciar tentativas de preservar a espécie – afirma Márcia Jardim, bióloga da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.
O lobo-guará está no nível mais alto de ameaça de extinção no Rio Grande do Sul. Seu desaparecimento está ligado a dois fatores: à destruição dos ambientes onde habita e à caça.
– Como é um predador, o lobo-guará sofre muita perseguição por atacar criações domésticas – relata Márcia.
Mesmo com o registro do animal no Estado, ainda há muito a ser feito. No Rio Grande do Sul, pouco se conhece sobre sua biologia básica, seus hábitos e os locais onde habita. Segundo Pinto, todos os estudos sobre o lobo-guará se concentram no centro do país, principalmente em Mato Grosso. No Estado, os registros do animal datados da década de 70 dão conta de que habitava locais como a Serra do Caverá, em Alegrete, e os Campos de Cima da Serra. De posse do registro de que ele está no pampa gaúcho, o biológo vai buscar, junto a órgãos de financiamento, recursos para estudar as características do animal. Com uma pesquisa, será possível propor ações de preservação da espécie. Medidas de conservação da área e educação ambiental nas cidades próximas estão entre elas.
– É preciso adotar ações de salvaguarda para que a população se mantenha e venha a crescer. Agora que existe o registro, ações desse tipo são urgentes – adverte Pinto.
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O lobo-guará

É o maior lobo da América do Sul e integra a categoria de canídeos, que inclui os cães, os lobos, raposas, entre outros. Habita ambientes abertos, como cerrado e campos. Apesar do grande porte, alimenta-se predominantemente de pequenos e médios animais, como aves, ratos e tatus. Também come frutos e ajuda a espalhar sementes. É extremamente sensível a interferências humanas, desaparecendo mesmo de regiões escassamente habitadas.
 

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